
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. (Antoine de Saint-Exupéry)
Cada dia me deparo com coisas que me remetem a O Pequeno Príncipe, ou porque são sábias e doces como o personagem, ou porque violam as “leis” da sensibilidade e são amargas e burras. Talvez devêssemos perguntar a uma pessoa, quando a conhecemos: você coleciona borboletas? Você faz a toalete de seu asteróide? Você vê com os olhos ou com o coração? E, no final, fazer o teste do desenho número 1. Se a pessoa perceber que é jibóia engolindo elefante, bingo!!
Me aventuro inclusive a fazer um paralelo entre o principezinho e a personagem Amélie Poulain, que também é “perguntadeira” e ensina coisas bastante esquecidas pela engrenagem atual. E uso estes personagens (assim como os cronopios e os famas) como categorias para identificar seres de carne e osso por aqui e me relacionar com eles. E fico feliz quando encontro pessoas-Amélie e pessoas-Pequeno Príncipe, porque trazem coisas raras nos olhos e nos gestos. Elas cuidam de seus vulcões e de suas rosas, dão gargalhadas gostosas e sabem desenhar carneiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário