quinta-feira, 27 de maio de 2010

CRONÓPIO GODOT

Estou em débito com os possíveis leitores deste recinto. Desde a última postagem, muita água andou rolando sobre a Pont-Neuf - e outras pontes não tão célebres.
Mas tudo a seu tempo, como diz o Eclesiastes (se não me engano é ele).
Estou retomando o posto e saindo da letargia (acho). Às voltas com Raduan Nassar, Clarice Lispector, Cortázar (descobri um lugar chamado Café Cortázar, quem me dera fosse aqui perto de casa)e alguns otros cronópios adjacentes, algumas eurecas e idéias para empreendimentos literários estão surgindo.
A Clarice afirmou em entrevista - aquela de 1977 - que quando não escrevia estava morta. Eu digo que "quando escrevo sou existível". Levando em consideração ambas as constatações, minha e dela, então andaria eu como um cadáver ambulante?
A resposta seria sim, em tempos passados.
Agora, no entanto, os tempos são outros, bem outros.
Por estas e outras razões continuo fincando pé em Cronópio Godot. Com a bênção de Cortázar e Godot, este livro vai sair. Por que, como diz meu irmão, "assim como são as pessoas são as criaturas" (ou "onde quer que você esteja você sempre estará lá", tanto faz)- pausa para momento familiar.
Ça marche!
Volto em breve com mais.

3 comentários:

Caio Martins disse...

Jeane, ça marche! Virou e mexeu, tomar uma distância faz bem, confirmando que "somos existíveis" além do precário e do provisório.
Abração!

Anônimo disse...

Oi Jeane,
tambem sou um pouco Lazaro.
Posso por um link do seu blog no meu?

Solivan

Gustavo disse...

"Cronópio Godot". Só nome já promete um livro interessante. Do que se trata? Os cronópios eu conheço, e admiro, mas nunca li Esperando Godot. Vou ficar é "Esperando seu livro". :)
Um beijo,
Gustavo